Após Trump autorizar operações da CIA na Venezuela, Maduro diz, em inglês, que não quer guerra com os EUA

  • 16/10/2025
(Foto: Reprodução)
Venezuela reage a autorização de Trump para operações da CIA O clima político entre Estados Unidos e Venezuela é de alta tensão. O governo de Nicolás Maduro reagiu ao sinal verde que Donald Trump deu ao serviço secreto americano para operações em território venezuelano. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se dirigiu aos americanos em inglês, nesta quarta-feira (15) à noite: "Me escutem, guerra não, paz sim, povo dos Estados Unidos”. A reação veio depois que o presidente americano, Donald Trump, confirmou a autorização para que a CIA, a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, faça operações em solo venezuelano. Em espanhol, Nicolás Maduro criticou o que chamou de guerras fracassadas no Afeganistão, Iraque e Líbia e de golpes de Estado orquestrados pela CIA na América Latina, citando Argentina e Chile na década de 1970. “A América Latina não quer a CIA, não precisa dela e a rejeita”, disse ele. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela afirmou que a fala de Trump é uma violação gravíssima do direito internacional e da Carta da ONU; chamou o uso da CIA e as operações militares no Caribe de uma política de agressão, ameaça e assédio contra a Venezuela; afirmou que as manobras buscam legitimar uma operação de mudança de regime para se apropriar do petróleo venezuelano. O embaixador da Venezuela na ONU, Samuel Moncada, protestou contra o que chamou de execuções extrajudiciais e afirmou que entre os 27 mortos dos bombardeios americanos no Caribe estavam cidadãos de Colômbia e Trinidad e Tobago – incluindo dois pescadores. Após Trump autorizar operações da CIA na Venezuela, Maduro diz, em inglês, que não quer guerra com os EUA Jornal Nacional/ Reprodução Nesta quinta-feira (16), a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, voltou a dizer que Nicolás Maduro é um líder ilegítimo. Os Estados Unidos acusam o ditador venezuelano de liderar uma organização narcoterrorista e oferecem uma recompensa de US$ 50 milhões por informações que levem à prisão dele. No início de outubro, Donald Trump anunciou que os Estados Unidos estão em conflito armado contra os cartéis de droga. O presidente americano já tinha classificado alguns desses cartéis como organizações terroristas. Uma forma de continuar com os bombardeios a embarcações no mar do Caribe sem identificação ou julgamento dos suspeitos e, também, sem a autorização do Congresso. Na quarta-feira (15), bombardeiros B-52 que saíram de uma base na Louisiana foram vistos em uma área fora do espaço aéreo venezuelano, mas sob a jurisdição do país. E, nesta quinta-feira (16), o jornal “Washington Post” publicou imagens que circulam nas redes sociais desde o início de outubro do que seriam os helicópteros perto de plataformas de petróleo e gás, na costa de Trinidad e Tobago - a menos de 145 km da Venezuela. Uma autoridade americana confirmou ao jornal que os militares estavam envolvidos em exercícios para possíveis missões dentro da Venezuela. 'Washington Post' publicou imagens do que seriam helicópteros dos EUA perto de plataformas de petróleo e gás, na costa de Trinidad e Tobago Jornal Nacional/ Reprodução Nesta quinta-feira (16), o almirante Alvin Holsey, que comanda as forças americanas na América Latina, disse que vai deixar o posto em dezembro, dois anos antes do esperado. Nem o almirante, nem o Pentágono informaram o motivo da saída dele. Enquanto isso, o governo venezuelano aumentou a mobilização de milícias e militares das Forças Armadas e convocou civis para alistamentos. O professor Henry Ziemer, pesquisador do Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais, destacou a contradição do anúncio por Trump do que deveria ser uma operação secreta. Ele vê no anúncio uma forma de pressão para tentar estimular uma reação interna contra Nicolás Maduro. O principal objetivo não seria a guerra e, sim, a mudança de governo. O professor considera que Maduro está em uma posição muito vulnerável, com impopularidade diante das dificuldades econômicas e com a escolha de María Corina Machado, a sua principal opositora, como Nobel da Paz. LEIA TAMBÉM Trump autoriza CIA a fazer operações em solo venezuelano; autoridades dizem que objetivo final é tirar Maduro do poder Capacidade nuclear e 'espinha dorsal' da Força Aérea dos EUA: conheça o bombardeiro B-52, que sobrevoou a costa da Venezuela Invasão secreta da CIA, sobrevoo de bombardeiros: os sinais de que Trump está disposto a derrubar Maduro na Venezuela

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/10/16/apos-trump-autorizar-operacoes-da-cia-na-venezuela-maduro-diz-em-ingles-que-nao-quer-guerra-com-os-eua.ghtml


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