Conheça Jorge, tartaruga baiana presa na Argentina em 1984 que, em 3 meses solta, já chegou ao RJ

  • 26/07/2025
(Foto: Reprodução)
A aventura de Jorge: tartaruga saiu da Argentina e chega ao Rio após 40 anos em aquário Quem passa pela Baía de Guanabara nos últimos dias pode ter cruzado com um ilustre morador temporário: Jorge, uma tartaruga-cabeçuda que virou celebridade internacional após retornar ao mar aberto depois de 40 anos em cativeiro. Jorge nasceu na costa da Bahia, nos anos 1960. Seis décadas depois, sua jornada extraordinária mobiliza cientistas, pescadores e ativistas da causa ambiental. Uma vida longe de casa Em 1984, com cerca de 20 anos, Jorge foi encontrado ferido em uma rede de pesca na cidade portuária de Bahía Blanca, na Argentina. Acabou levado ao aquário da cidade de Mendoza, onde permaneceu até 2022. Na época em que foi resgatado, a reabilitação e reintrodução de animais marinhos ainda não eram práticas comuns. Resultado: a tartaruga passou quatro décadas confinada, longe do oceano. “A decisão de devolvê-la ao mar foi tomada em 2022. Foram necessários três anos de readaptação”, explicou Laura Prosdocime, pesquisadora do Museu Argentino de Ciências Naturais (MACN-CONICET). Nesse período, Jorge precisou reaprender a comer alimentos naturais, nadar em grandes espaços e interagir com outros animais marinhos. A volta ao oceano Jorge, a tartaruga-cabeçuda baiana que passou 40 anos na Argentina e agora está de volta ao Brasil Reprodução/TV Globo A soltura definitiva aconteceu em abril de 2024, em Mar del Plata, na Argentina. Desde então, Jorge vem sendo monitorado via satélite por pesquisadores. E para surpresa de todos, em vez de seguir diretamente para a Bahia, a tartaruga fez um desvio e acabou entrando na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. “Ele passou pelo Uruguai e, como esperávamos, começou a rumar para a Bahia. Mas, no caminho, entrou na baía e está agora na região da Ilha do Governador”, contou Suzana Guimarães, coordenadora-geral do Projeto Aruanã, que atua na conservação das tartarugas marinhas. Fama entre os pescadores Na Baía de Guanabara, Jorge não passou despercebido. José Roberto Santos, mais conhecido como Tinguá, é pescador em Itaoca, em São Gonçalo, e conta que a presença da tartaruga virou assunto entre os colegas. “Tá todo mundo querendo tirar foto do Jorge. Às vezes, até esquece de pescar só pra ver se encontra ele”, brincou. Segundo Tinguá, os pescadores foram orientados sobre como agir caso avistem Jorge: “A gente tem um grupo de pesca com o telefone do pessoal do Projeto Aruanã. Se ele for encontrado, a gente avisa na hora. Todo mundo sabe que tem que proteger”. Um símbolo da preservação O caso de Jorge tem sido estudado como exemplo de reintrodução bem-sucedida de animais marinhos à natureza. Segundo os pesquisadores, os dados fornecidos por seu trajeto ajudam a entender padrões de migração, áreas de alimentação e os riscos ao longo do caminho. Além disso, sua história tem mobilizado comunidades locais em favor da conservação. Ajuda para voltar à Bahia “Se conseguirmos contato direto com ele, vamos coletar sangue e avaliar o estado de saúde. Se estiver tudo bem, queremos ajudá-lo a seguir viagem rumo à Bahia”, explicou Suzana.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/07/26/a-historia-de-jorge-tartaruga-baiana-presa-na-argentina-que-voltou-ao-brasil.ghtml


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