Líder do crime organizado que mandou execução de chefe da Polícia é preso no litoral de SP
28/05/2025
(Foto: Reprodução) Segundo a Polícia Civil, Carlos Antônio de Abreu Barrios, de 41 anos, foi o mandante da execução de Marcelo Gonçalves Cassola, que era chefe do setor de identificação do Palácio da Polícia. A prisão aconteceu durante uma operação da PM no Morro do Pacheco, em Santos (SP). Polícia prende Carlos Antônio de Abreu Barrios, apontado pela Polícia Civil como o mandante da execução de Marcelo Cassola (à esq.)
Reprodução
Carlos Antônio de Abreu Barrios, apontado pela Polícia Civil como o mandante da execução de Marcelo Gonçalves Cassola, que era chefe do setor de identificação do Palácio da Polícia, foi preso em Santos, no litoral de São Paulo. Conforme apurado pelo g1, o homem de 41 anos era procurado da Justiça por participação no crime, organização criminosa e também por roubo.
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O crime aconteceu em agosto de 2022. A vítima foi achada por PMs durante o patrulhamento pela Avenida Francisco Ferreira Canto, no bairro da Caneleira. Cassola foi alvejado por uma arma nove milímetros e um fuzil. As cápsulas das balas deflagradas foram encontradas no local.
A captura do procurado ocorreu na terça-feira (27), quando PMs realizavam uma operação a pé pela Rua Sete, no Morro do Pacheco, contra o tráfico de drogas. Conforme apurado pelo g1, Barrios foi abordado porque apresentou um volume na cintura. Apesar disso, de acordo com a Polícia Civil, o objeto que chamou a atenção dos agentes era um celular.
Ainda durante a abordagem, os policiais fizeram a consulta criminal e descobriram que Barrios era procurado da Justiça. A Polícia Civil informou que ele também tinha um posto de liderança no crime organizado.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que Barrios foi preso e conduzido à Central Policial Judiciária (CPJ) da cidade, onde permaneceu à disposição da Justiça. O caso foi registrado como captura de procurado.
O g1 apurou que Barrios foi encaminhado ao 5º Distrito Policial de Santos por volta das 6h desta quarta-feira (28).
Crime
O corpo de Marcelo Cassola foi encontrado na noite de 22 de agosto de 2022, perfurado por tiros e com uma corda entre as mãos e as pernas [não estavam amarradas], em uma ciclofaixa, no bairro Caneleiras, em Santos.
Conforme a polícia, ele havia sido atingido por ao menos 30 tiros, sendo alguns de fuzil e outros de arma 9 mm. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte no local.
Funcionários da 3ª Delegacia da Divisão Homicídios (Deic) estiveram no local e acionaram a perícia, que recolheu os projéteis achados ao lado do corpo. O caso também havia sido registrado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Santos.
Outro envolvido preso
Conforme noticiado pelo g1, Benny Piphanio Van Chaaf, de 42 anos, foi preso pela PM no dia 7 de abril de 2024, suspeito de ter participado da morte de Cassola.
A detenção dele também aconteceu em Santos, no litoral de São Paulo, e foi a quarta de supostos envolvidos no assassinato. De acordo com a apuração do g1, Benny foi preso no acesso à Avenida Getúlio Dorneles Vargas, no bairro Valongo.
Na reportagem consta que os PMs patrulhavam pela região quando viram um suspeito em frente a um galpão de um comércio fechado, sem iluminação. O homem, ao notar os policiais, tentou se esconder para não ser visto, o que motivou a abordagem.
Nada de ilícito foi encontrado com ele, mas, como informou um nome comum e nada constava no sistema, a PM o encaminhou à Central de Polícia Judiciária (CPJ), onde a verdadeira identidade foi descoberta.
Contra Benny havia um mandado de prisão temporária expedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) por homicídio qualificado, em 23 de agosto de 2022, um dia após o crime que vitimou Marcelo Cassola.
Marcelo Cassola
Marcelo Gonçalves Cassola era diretor do Sindicato dos Policiais Civis da Baixada Santista e chefe do setor de identificação do Palácio da Polícia. Este setor é responsável, entre outras coisas, pelo registro da Carteira de Identidade e por emitir atestados de antecedentes criminais.
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