Terras raras: centro de tecnologia na Grande BH desenvolve projeto piloto para garantir produção de ímãs permanentes no Brasil

  • 26/07/2025
(Foto: Reprodução)
Riqueza Estratégica: Terras raras estão no centro de como a gente produz e consome energia Cidades de Minas Gerais se preparam para receber mineradoras voltadas à exploração de terras raras, nome dado ao grupo de 17 elementos químicos com propriedades únicas e aplicações em setores como eletrônica, energia renovável e indústria automotiva. Na Grande Belo Horizonte, um projeto piloto tenta produzir imãs permanentes e garantir uma cadeia de produção local com esses minérios (entenda mais abaixo). A iniciativa ocorre em meio ao aumento da demanda global por minerais críticos, impulsionado pelas metas de redução de emissões de gases do efeito estufa, e à escalada da tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos após um episódio envolvendo terras raras. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Minas no WhatsApp Nesta semana, o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, afirmou que o encarregado de negócios da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, voltou a manifestar o interesse do governo norte-americano nos minerais críticos e estratégicos (MCEs) do Brasil, sem citar a possibilidade de um acordo entre os países. O presidente Lula reagiu à fala e disse que "ninguém põe a mão", em referência aos metais estratégicos. Em maio deste ano, foi inaugurado em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte um centro de inovação e tecnologia que pretende produzir ímãs permanentes a partir de elementos como boro, neodímio e ferro. Esses imãs são usados, por exemplo, para componentes essenciais em baterias de carros elétricos, celulares e equipamentos médico A ideia é que o projeto promova a cadeia produtiva completa, incluindo beneficiamento, fabricação e reciclagem. A operação experimental está prevista para começar no segundo semestre de 2025, com capacidade anual de até 100 toneladas de ímãs. O volume ainda é pequeno frente à demanda nacional, estimada em 10 mil toneladas por ano. “Quando conseguir provar que o Brasil tem essa capacidade, as pessoas certas e os investimentos vêm, e a gente constrói novas fábricas, muito maiores”, afirma o pesquisador Eduardo Neves. “Pode ser em Lagoa Santa, preferencialmente em Minas Gerais, e que a gente consiga suprir a demanda nacional e da América Latina.” Terras raras no Brasil O Brasil concentra cerca de 23% das reservas conhecidas de terras raras no mundo, com jazidas expressivas em Minas Gerais. Atualmente, os minerais são exportados, principalmente para a China, onde são processados e utilizados na fabricação de ímãs permanentes. "Existe um otimismo muito grande, mas com algumas observações de como isso vai acontecer. Tem que ser de forma responsável, ambientalmente e socialmente. A gente confia muito nos setores que vão estar legalizando esses projetos", explicou. Mapa mostra onde estão as terras raras no Brasil Reprodução/TV Globo O que são terrras raras? As terras raras formam um grupo de 17 elementos químicos essenciais para o funcionamento de diversos produtos modernos — de smartphones e televisores a câmeras digitais e LEDs. Apesar de usados em pequenas quantidades, eles são insubstituíveis. O uso mais importante dessas substâncias está na fabricação de ímãs permanentes. Potentes e duráveis, esses ímãs mantêm suas propriedades magnéticas por décadas. Com eles, é possível produzir peças menores e mais leves, algo essencial por exemplo, para tecnologias, turbinas eólicas e veículos elétricos. Esses elementos também são fundamentais para a indústria de defesa. Estão presentes em aviões de caça, submarinos e equipamentos com telêmetro a laser. Justamente por essa relevância estratégica, o valor comercial é elevado. O quilo de neodímio e praseodímio — os mais usados na produção de ímãs — custa cerca de 55 euros (R$ 353). Já o de térbio pode ultrapassar 850 euros (R$ 5.460). Para comparação, o minério de ferro custa cerca de R$ 0,60 o quilo. Praticamente todas as grandes inovações da atualidade dependem de minerais críticos. É justamente por isso que as maiores potências do mundo têm se movido para garantir acesso. Por que são chamadas de raras? Apesar do nome, as terras raras não são exatamente raras. Estão espalhadas por todo o mundo, mas em concentrações muito pequenas. O desafio é encontrar depósitos onde a extração seja economicamente viável. Hoje, 70% da produção global vem da China, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). A principal mina é Bayan Obo, no norte do país. Ela reúne enormes quantidades de todos os elementos usados em ímãs permanentes e supera em larga escala depósitos como Monte Weld, na Austrália, e Kvanefjeld, na Groenlândia. Vídeos mais vistos no g1 Minas:

FONTE: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2025/07/26/terras-raras-centro-de-tecnologia-na-grande-bh-desenvolve-projeto-piloto-para-garantir-producao-de-imas-permanentes-no-brasil.ghtml


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